quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Afrodite e Adônis - a dor da separação

A figura de Adônis é relacionada desde a antiguidade clássica, ao modelo de beleza masculina. Adon significa Senhor em fenício e foi na Grécia Antiga que sua lenda adquiriu maior significação. O nascimento de Adônis foi fruto de relações incestuosas entre Smirna ou Mirra e seu pai Téias, rei da Assíria, que enganado pela filha, com ela se deitou 12 vezes. Quando percebeu a trama, Téias quis matá-la e Mirra pediu ajuda aos deuses que a transformaram em uma árvore, a Mirra. Da casca dessa árvore nasceu Adônis. 

Maravilhada com a extraordinária beleza do menino, Afrodite tomou-o sob sua proteção e o entregou a Perséfone, deusa dos infernos, para que o criasse. Quando Adônis cresceu, as deusas passaram a disputar a companhia do menino. Zeus ao julgar a questão estipulou que ele passaria um terço do ano com cada uma delas, mas Adônis preferia Afrodite e permanecia sempre com ela.

Brincando com seu filho, Afrodite se feriu com uma das flechas do amor de Eros. Antes que pudesse curar-se, Afrodite se apaixonou por Adônis. Ela passava o tempo todo com Adônis e quando ele saia para caçar, Afrodite recomendava:


- " Sê bravo com os tímidos pois a coragem contra os corajosos não é segura. Evita expor-te ao perigo para não ameaçar a minha felicidade. Não ataque os animais que a natureza armou. Não aprecio tua glória ao ponto de consentir que a conquiste expondo-te assim. Tua juventude e a beleza que me encantam, não enternecerão os corações dos leões e dos rudes javalis. Pensa em suas terríveis garras e em sua prodigiosa força. " 

Logo depois Afrodite tomou seu carro puxado por cisnes e partiu através dos ares. Adônis, porém, era demasiadamente altivo para seguir tais conselhos. Imediatamente seus cães expulsaram um javali de seu covil e o jovem lançou seu dardo, ferindo o animal. Mas a fera não se amendrontou e investiu contra Adônis, que em vão tentava correr. Por fim, o javali o alcançou cravando-lhe os dentes, deixando-o estendido e moribundo.
Afrodite ouviu os gemidos de seu amado e voltou à terra com seus corcéis de brancas asas. Do alto viu o corpo sem vida de Adônis, coberto de sangue. Curvando-se sobre ele, esmurrou o peito e acusou as Parcas:

- " Sua ação constituiu um triunfo parcial. A memória de meu sofrimento perdurará, e o espetáculo de tua morte e de tuas lamentações, anualmente será renovado em memória de Adônis. Teu sangue será transformado em uma flor; este consolo ninguém pode me negar."
Espalhando néctar sobre o sangue, ao se misturarem, transformaram-se numa lagoa de onde nasceu uma flor cor de sangue, uma flor de vida curta. Dizem que o vento lhe abre os botões e depois arranca e dispersa as pétalas; assim é a Anêmona chamada de flor-do-vento, pois o vento é a causa tanto de seu nascimento como de sua morte. Sem poder conter a tristeza causada pela perda do amante, Afrodite instituiu uma cerimônia de celebração anual para lembrar sua trágica e prematura morte. Entre rosas e jacintos, muitas vezes repousa o jovem Adônis. Amortecida a dor, a seu lado jaz a triste rainha dos assírios.

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O mito de Adônis se relaciona com os ritos simbólicos da vegetação, simbolizando a morte da planta nas entranhas da terra e sua germinação simbolizando a vida. Adônis é considerado como o ciclo da semente que morre e ressuscita. A própria Afrodite teria instituído uma celebração anual na Síria para perpetuar a memória do seu amor oriental e a morte de Adônis era solenemente comemorada. 


Os festivais anuais ocorriam em cidades egípcias e gregas. Durante os rituais fúnebres, as mulheres plantavam sementes de flores e regavam com água morna, para que crescessem mais depressa. Isso fazia com que as roseiras dessem flores rapidamente, mas rapidamente feneciam. Eram os chamados Jardins de Adônis e relembram que devemos aproveitar o momento presente, pois a vida é efêmera como a flor quando é colhida. 



A história de Adônis e Afrodite retrata o amor marcado pela dor da separação. Quando passamos pela experiência de uma separação, a dor se instala e torna difícil manter o equilibrio e a serenidade. Perdemos as forças para fazer algo por nós mesmos, nada nos faz sentir melhor, como se houvesse uma culpa oculta pelos próprios sentimentos. Há uma mistura de sentimentos: culpa, abandono, raiva, medo, rancor, tristeza, frustração, impotência, dor, solidão, sem sabermos o que fazer com cada um deles.
 

Alguns tendem a negar os próprios sentimentos, evitando demonstrar seus sentimentos e, no entanto sofrem, porque o abandono é a morte dos sonhos a dois. Negar o que sente é o caminho menos indicado, pois os sentimentos podem buscar outras formas de expressão, em geral atacando o corpo. E, por mais que a dor seja intensa, o melhor caminho é enfrentar tudo o que se sente.

Separar-se de alguém, não é uma fácil tarefa. Ainda que se trate da definição de relacionamentos destrutivos, ainda que não houvesse mais amor, é um momento de dor que atinge a alma que sangra com a certeza de nunca cicatrizar. Há um sentimento de vulnerabilidade e incapacidade, quando as emoções alcançam uma grande intensidade e deixa de existir um espaço para a razão. 


O momento da separação muitas vezes leva a um retorno ao passado, buscando a imagem da pessoa pela qual nos apaixonamos. Essa pode ser uma das dificuldades em aceitar a separação, pois há sempre a esperança de que volte a ser a pessoa que um dia conhecemos e idealizamos no passado. Tem-se as lembranças dos momentos agradáveis, das promessas de amor eterno, dos projetos feitos a dois. Muito provavelmente os projetos e sonhos só existiam para uma das partes; um sonho solitário marcado pela indiferença do outro.

Às vezes a prisão está apenas nas palavras do que nas atitudes ou falta delas. E o processo de separação visa corrigir exatamente essa falta de compartilhamento. Insistir no que não existe mais, derramar lágrimas pelo que não tem chance, perder noites de sono, não reverte a situação, ao contrário, torna-a mais dolorida.
 Apesar da perda, dos erros e feridas, podemos e devemos, fazer algo para conseguirmos suportar esse momento tão cruel e que parece não ter fim. Respeitar os próprios sentimentos é o início da cura.

Ainda não existe um manual que ensine a esquecer um grande amor. Mesmo que os amigos aconselhe e recomende para esquecer, não se apaga da mente apenas o que se quer. Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. A mente age por conta própria para lembrar. Tenta-se ir ao shopping, ver vitrines, fazer compras mas basta chegar em casa para ir correndo rever fotos e reler cartas antigas. Qualquer música parece feita para atingir sua dor; qualquer livro tem a semelhança do que está vivendo; qualquer paisagem é motivo de lembrança de outras paisagens onde estiveram.
 

Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar, o melhor é esgotar a dor, permitindo-se recordar, chorar e ter saudade. Por mais árduo que o caminho possa parecer, pode se tornar muito mais iluminado, se permitir que sua própria luz te conduza. Um dia a ferida cicatriza e você, tendo se acostumado com ela, acaba por esquecê-la. Com fórceps é que a criatura não sai...

Hécate

Hécate, também chamada de Perséia, era filha dos titãs Astéria - a noite estrelada e Perses - o deus da luxúria e da destruição, mas foi criada por Perséfone - a rainha dos infernos, onde ela vivia. Antes Hécate morava no Olimpo, mas despertou a ira de sua mãe quando roubou-lhe um pote de carmim. Ela fugiu para a terra e tornando-se impura foi levada às trevas para ser purificada. Vivendo no Hades, ela passou a presidir as cerimônias e rituais de purificação e expiação. Hécate em grego significa "a distante". 

Tinha características diferentes dos outros deuses mas Zeus atribuiu-lhe prestígio. Após a vitória dos deuses olímpicos contra os titãs, a titânomaquia, Zeus, Poseidon e Hades partilharam entre sí o universo. A Zeus coube o céu e a terra, a Poseidon coube os oceanos e Hades recebeu o mundo das trevas e dos mortos. Hécate manteve os seus domínios sobre a terra, os céus, os mares e sobre o submundo, continuando a ser honrada pelos deuses que a respeitavam e mantiveram seu poder sobre o mundo e o submundo.

Ela é representada ora com três corpos ora com um corpo e três cabeças, levando sobre a testa uma tiara com a crescente lunar, uma ou duas tochas nas mãos e serpentes enroladas em seu pescoço. Suas três faces simbolizam a virgem, a mãe e a velha senhora. Tendo o poder de olhar para três direções ao mesmo tempo, ela podia ver o destino, o passado que interferia no presente e que poderia prejudicar o futuro. As três faces passaram a simbolizar seu poder sobre o mundo subterrâneo, ajudando à deusa Perséfone a julgar os mortos.

Para os romanos era considerada Trívia - a deusa das encruzilhadas. Associada ao cipreste, Hécate se fazia acompanhar de seus cães, lobos e ovelhas negras. Por sua relação com os encantamentos, feitiços e a obscuridade, os magos e bruxas da antiga Grécia lhe faziam oferendas com cães e cordeiros negros no final de cada lua nova. Também combateu Hércules quando ele tentou enfrentar Cérbero, o cão guardião do inferno com três cabeças que sempre lhe acompanhava.

O tríplice poder de Hécate se estendia do inferno, à terra e ao mar. Ela rondava a terra nas noites da lua nova e no mar tinha seus casos de amor. Considerada uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha, os marinheiros consideravam-na sua deusa titular e pediam-lhe que lhes assegurasse boas travessias. O próprio Zeus lhe deu o poder de conceder ou negar qualquer desejo aos mortais e aos imortais. Foi Hécate quem ajudou Deméter quando ela peregrinou pelo mundo em busca de sua filha Perséfone.

Quando Perséfone, a amada filha de Deméter foi raptada por Hades - o senhor do submundo - quando colhia flores, sua mãe perambulou em desespero por toda a Terra. Senhora dos cereais e alimento, a grande mãe Deméter mortificada pela tristeza, privou todos os seres de alimento. Nada nascia na terra e Hécate, sendo sábia e observando o que acontecia, contou a Deméter o que havia sucedido a Perséfone.

Zeus decidiu interferir e ordenou que Perséfone regressasse para junto de sua mãe, desde que não tivesse ingerido nenhum alimento nos infernos. Porém, antes de retornar, Perséfone comeu algumas sementes de romã, o fruto associado às travessias do espírito. Assim ele podia passar duas partes do ano na superficie junto da Mãe, era quando a terra florescia. Mas Perséfone devia retornar para junto de Hades uma parte, era quando a terra cessava de florescer.

Hécate espalhava sua benevolência para os homens, concedendo graças a quem as pedia. Dava prosperidade material, o dom da eloquência na política, a vitória nas batalhas e nos jogos. Proporcionava peixe abundante aos pescadores e fazia prosperar ou definhar o gado. Seus privilégios se estendiam a todos os campos e era invocada como a deusa que nutria a juventude, protetora das crianças, enfermeira e curandeira de jovens e mulheres.

Acreditava-se que ela aparecia nas noites de Lua Nova com sua horrível matilha diante dos viajantes que cruzavam as estradas. Ela era considerada a deusa da magia e da noite em suas vertentes mais terríveis e obscuras. Com seu poder de encantamento, também enviava os terrores noturnos e espectros para atormentar os mortais. Frequentava as encruzilhadas, os cemitérios e locais de crimes e orgias, tornando-se assim a senhora dos ritos e da magia negra. Senhora dos portões entre o mundo dos vivos e o mundo subterrâneo das sombras, Hécate é a condutora de almas e as Lâmpades, ninfas do Subterrâneo, são suas companheiras. 

Com Eetes, Hécate gerou a feiticeira Circe - a deusa da noite que se tornou uma famosa feiticeira com imenso poder da alquimía. Segundo a lenda, a filha de Hécate elaborava venenos, poções mágicas e podia transformar os homens em animais. Vivendo em um palácio cheio de artifícios na Ilha Ea ou Eana, no litoral da Italia, Circe se tornou a deusa da Lua Nova ou Lua Negra, sendo relacionada à morte horrenda, à feitiçaria, maldições, vinganças, sonhos precognitivos, magia negra e aos encantamentos que ela preparava em seus grandes caldeirões.

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Descendente dos Titãs, Hécate não tem um mito próprio e foi uma das divindades mais ignoradas da mitologia grega, mencionada apenas em outros mitos, tal como o mito de Perséfone e Deméter. Hécate é deusa dos caminhos e seu poder de olhar para três direções ao mesmo tempo sugere que algo no passado pode interferir no presente e prejudicar planos futuros.

A deusa grega nos lembra da importância da mudança, ajudando-nos a libertar do passado, especialmente do que atrapalha nosso crescimento e evolução, para aceitar as mudanças e transições. Às vezes ela nos pede para deixar o que é familiar e seguro para viajarmos para os lugares assustadores da alma.
 Novos começos, seja espiritual ou mundano, nem sempre são fáceis mas Hécate está lá para apoiar e mostrar o caminho.

Ela empresta sua clarividência para vermos o que está profundamente esquecido ou até mesmo escondido de nós mesmos, ajudando a encontrarmos e escolhermos um caminho na vida. Com suas tochas, ela nos guia e pode nos levar a ver as coisas de forma diferente, inclusive vermos a nós mesmos, ajudando-nos a encontrar uma maior compreensão de nós mesmos e dos outros.

Hécate nos ensina a sermos justos e tolerantes com aqueles que são diferentes e com aqueles que tem menos sorte, mas ela não é demasiadamente vulnerável, pois Hecate dispensa justiça cega e de forma igual. Apesar de seu nome significar "a distante", Hécate está presente nos momentos de necessidade. Quando liberamos o passado e o que nos é familiar, Hécate nos ajuda a encontrar um novo caminho através de novos começos, apesar da confusão das ideias, da flutuação dos nossos humores e às incertezas quando enfrentamos as inevitáveis mudanças de vida. 

A poderosa deusa possuia todos aspectos e qualidades femininos, tendo sob seu controle as forças secretas da natureza. Considerada a patrona das sacerdotisas, deusa das feiticeiras e senhora das encruzilhadas, Hécate transita pelos três reinos, a todos conhece mas nenhum domina. Os três reinos são posses de figuras masculinas, mas ela está além da posse ou do ego, ela é a sábia, a anciã. A senhora do visível e do invisível, aguarda na encruzilhada e observa: o passado, o presente e o futuro. Ela não se precipita, aguarda o tempo que for preciso até uma direção ser tomada. Elanão escolhe a direção, nós escolhemos. Ela oferece apenas a sua sabedoria e profunda visão, acima das ilusões.

Os gregos sempre viam Hécate como uma jovem donzela. Acompanhada frequentemente em suas viagens por uma coruja, símbolo da sabedoria, a ela se atribuia a invenção da magia e da feitiçaria, tendo sido incorporada à família dasdeusas feiticeiras. Dizia-se que Medéia seria a sacerdotisa de Hécate. Ela praticava a bruxaria para manipular com destreza ervas mágicas, venenos e ainda para poder deter o curso dos rios e comprovar as trajetórias da lua e das estrelas. 

Como deusa dos encantamentos, acreditava-se que Hécate vagava à noite pela Terra, sempre acompanhada por seu espíritos e fantasmas. Suas lendas contam que ela passava pela Terra ao pôr do Sol, para recolher os mortos daquele dia. Como feiticeira, não podia ser vista e sua presença era anunciada apenas pelos latidos dos cães. Na verdade, as imagens horrendas e chocantes são projeções dos medos inconscientes masculinos perante os poderes da deusa, protetora da independência feminina, defensora contra a violência e opressão das mulheres, regente dos seus rituais de proteção, transformação e afirmação.

Em função dessas memórias de repressão e dos medos impregnados no inconsciente coletivo, o contato com a deusa escura pode ser atemorizador por acessar a programação negativa que associa escuridão com mal, perigo, morte. Para resgatar as qualidades regeneradoras, fortalecedoras e curadoras de Hécate precisamos reconhecer que as imagens distorcidas não são reais nem verdadeiras. Elas foram incutidas pela proibição de mergulhar no nosso inconsciente, descobrir e usar nosso verdadeiro poder.

Para receber seus dons visionários, criativos ou proféticos, precisamos mergulhar nas profundezas do nosso mundo interior, encarar o reflexo da deusa escura dentro de nós, honrando seu poder e lhe entregando a guarda do nosso inconsciente. Ao reconhecermos e integrarmos sua presença em nós, ela irá nos guiar. Porém, devemos sacrificar ou deixar morrer o velho, encarar e superar medos e limitações. Somente assim poderemos flutuar sobre as escuras e revoltas águas dos nossos conflitos e lembranças dolorosas e emergir para o novo. 

A conexão com Hécate representa um valioso meio para acessar a intuição e o conhecimento, aceitar a passagem inexorável do tempo e transmutar nossos medos perante o envelhecimento e a morte. Hécate nos ensina que o caminho que leva à visão sagrada e que inspira a renovação passa pela escuridão, o desapego e transmutação. Ela detém a chave que abre a porta dos mistérios e do lado oculto da psique. Sua tocha ilumina tanto as riquezas, quanto os terrores do inconsciente, que precisam ser reconhecidos e transmutados. Ela nos conduz pela escuridão e nos revela o caminho da renovação.

As Moiras teciam, mediam e cortavam o fio da vida dos mortais, mas Hécate podia intervir nos fios do destino. Muitas vezes foi representada com uma foice ou punhal para cortar as ligações com o mundo dos vivos. O cipreste está associado à imortalidade, intemporalidade e eterna juventude. Sendo a morte encarada como passagem transformadora e não o fim assustador e definitivo, essa significação temorigem na própria terra que dá vida, dá a morte e transforma os frutos em novas sementes que irão renascer. 

Pigmaleão e Galatéia

história lendária de Pigmalião e sua obra-prima Galatéia foi contada pelo poeta romano Ovídio e tem origem na ilha de Chipre, onde Pigmalião era o rei e também um habilidoso escultor. Ele passava horas de seu dia dedicado à sua arte, e não era casado, já que a má fama das mulheres da região tinham lhe dado um certo desencanto pelo sexo feminino.
Determinado a não unir-se a nenhuma mulher, esculpiu para si uma estátua de uma donzela belíssima, dotada de diversos atributos que o encantaram quando terminou a obra, determinando assim que ela era sua melhor obra, a mais bela e mais perfeita, a ponto de apaixonar-se por ela. À estátua, deu o nome de Galatéia.
Pigmalião estava totalmente envolvido pela estátua, dando-lhes presentes, colocando anéis em seus dedos, colares, jóias, belas roupas, para aquela que agora tornara-se sua esposa adorada, como a chamava. Assim, como também a cercava de carinhos, beijos, carícias, embora não se conformasse que aquela beleza fosse apenas de marfim e o fato de ser uma imagem sem vidaentristecia cada vez mais o artista.
Certa vez, indo a Palea, para um grande festival dedicado à deusa Afrodite, deusa do amor e da beleza, Pigmalião faz suas homenagens à deusa e a pede que ela encontre para ele uma mulher igual à Galatéia: “Se vocês podem nos dar tudo, todas as coisas, ó deuses, rezo para que minha mulher possa ser como minha menina de marfim.”
A deusa, então, comovida com o amor de Pigmalião, não encontrando na terra mulher semelhante à Galatéia, concede vida à estátua.
Um dia, quando toca a estátua e a beija, Pigmalião percebe que agora ela tem vida, seus dedos tocavam uma pele macia e quente, e seus lábios beijavam lábios vivos. Quando a estátua, agora uma mulher de verdade, sente os beijos do amado, fica ruborizada, abre os olhos e vê diante de si um homem que a ama e imediatamente passa a amá-lo em correspondência.
Com as bênçãos de Afrodite, Pigmalião e Galatéia casaram-se e tiveram dois filhos: uma menina chamada Metarme, de tão grande beleza que encantou Apolo, e Pafos, que deu origem à cidade de Pafos, em Chipre.
O mito de Pigmalião e Galatéia é utilizado na Psicologia e Filosofia quando se fala sobre a idealização do ser amado, e que quanto mais desejado e perseguido, acaba por tornar-se personificado, assim como Pigmalião que tanto amou e desejou Galatéia que conseguiu por fim que ela ganhasse vida.
Para os estudiosos, alcançar a perfeição nesse desejo pode ser algo frustrante, já que não podemos esquecer que o outro também tem personalidade própria e assim encontrar alguém que corresponda inteiramente aos nossos anseios seja praticamente impossível. Contudo, devemos dar nossa contribuição às pessoas, principalmente as que nos cercam, fazendo com que elas se tornem melhores sobre uma projeção que nós mesmos fazendo delas, como diz o estudioso Douglas McGregor: “quem tem expectativas ruins sobre os outros, não acredita neles ou não vê suas qualidades, costuma colher o pior dessas pessoas; já quem tem expectativas positivas, tende a obter o melhor de cada uma delas.

deuses da grecia

Eu recebi um e-mail de alguem pedindo quais são os deuses gregos, então e encontrei somente alguns, bom, são  todos que eu sei que existem.



Zeus – deus dos deuses e dos raios
Hera – deusa da maternidade
Ares – deus da guerra
Afrodite – deusa do amor
Deimos – deus do terror
Eros – deus do amor
Fobos – deus do medo
Hefesto – deus do fogo
Atena – deusa da sabedoria
Héstia – deusa do fogo
Poséidon – deus dos mares
Hebe – deusa da juventude
Gaia – deusa da terra
Réia – mãe de Zeus
Apolo – deus da beleza e do sol
Ártemis – deusa da caça e da lua
Asclépio – deus da medicina
Jano – porteiro do céu
Deméter – deusa da vegetação.
Urano – deus do céu
Crono – deus da vegetação
Hades – deus do inferno
Dionísio – deus do vinho
Hélio – deus sol
Hermes – deus das estradas e dos ladrões
Caos – primeira divindade
Higéia – deusa da medicina
Hipno – deus do sono
Hipérion – pai do sol e da lua
Penates – deus do bem-estar
Íris – deusa do arco-íris
Quirino – pai da guerra
Antero – vingador do amor
Calíope – deusa da poesia épica
Clio – deusa da história
Terpsícore – deusa da dança
Érato – deusa da poesia erótica
Euterpe – deusa da poesia lírica
Pomona – deusa das árvores frutíferas
Flora – deusa das flores
Urânia – deusa da astronomia
Tália – deusa da comédia
Aglaé – deusa do banquete
Têmis – deusa da lei
Pã – deus dos rebanhos
Momo – deus da alegria
Pluto – deus da riqueza
Belona – deusa da guerra
Pales – deusa dos gados
Plinia – deusa da poesia sacra
Pmeu – deus rio
Minemósine – deusa do canto e da memória
Nêmese – deusa da vingança
Terminus – deus dos limites
Melpômene – deusa da tragédia
Persérfone – rainha dos infernos
Cali – deusa da morte
Eris – deusa da discórdia
Tmolo – deus das montanhas
Éolo – rei dos ventos
Anfitrite – esposa de poséidon
Atlas – deus de forças prodigiosas
Eo – deusa da aurora
Selene – deusa da lua
Nix - personificação da noite
Érebus - a escuridão
Tartáro - trevas abismais
Éter - luz celestial
Hemera - dia
Moros - deus da sorte
Tânatos - personificação da morte
Oniro - deus dos sonhos
Oizos - deus da miséria
Moiras - deusas do destino
Hespérides - a tarde
Nêmesis - deusa da retribuição
Apate - deus do engano
Filotes - deus da amizade
Geras - deusa da velhice
Limos - deus da fome
Ftono - deus da inveja
Lissa - deusa da loucura

Hécate - deusa dos caminhos