Cronos era
um deus da mitologia pré-helênica ao qual se atribuíam funções relacionadas com
a agricultura. Mais tarde, os gregos o incluíram em sua Cosmogonia, mas lhe
conferiram um caráter sinistro e negativo.
Na
mitologia grega, Cronos era filho de Urano (o céu) e de Gaia ou Gê (a
terra). Incitado pela mãe e ajudado pelos irmãos, os Titãs, castrou o pai - o
que separou o céu da terra - e tornou-se o primeiro rei dos deuses.
Seu
reinado, porém, era ameaçado por uma profecia segundo a qual um de seus filhos
o destronaria. Para que não se cumprisse esse vaticínio, Cronos devorava
todos os filhos que lhe dava sua mulher, Réia, até que esta conseguiu salvar
Zeus.
Este,
quando cresceu, arrebatou o trono do pai, conseguiu que ele vomitasse os outros
filhos, ainda vivos, e o expulsou do Olimpo, banindo-o para o Tártaro, lugar de
tormento.
Segundo
a tradição clássica, Cronos simbolizava o tempo e por isso Zeus, ao
derrotá-lo, conferira a imortalidade aos deuses. Era representado como um
ancião empunhando uma foice e freqüentemente aparecia associado a divindades
estrangeiras propensas a sacrifícios humanos.
Os romanos assimilaram Cronos a Saturno e
dizia-se que, ao fugir do Olimpo, ele levara a agricultura para Roma, com o que
recuperava suas primitivas funções agrícolas. Em sua homenagem, celebravam-se
as saturnálias, festas rituais relacionadas com a colheita.
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